sexta-feira, 30 de julho de 2010

da necessidade de tomar posição


Uma das posturas que devo manter nesta eleição é a de fazer campanha contra José Serra. Estava convencida disso, e agora mais ainda, após sua afirmação escorregadia e rasteira sobre os direitos dos homossexuais e sobre o aborto. Seu vice já carrega motivos de sobra para eu ser contra os dois, pelos seus mandatos como deputado e como vereador, e pelo que diz irresponsavelmente na sua atual posição. Mas Serra insiste em se embananar cada vez mais na sua vontade ensandecida de vencer. Não me parece vontade de governar, mas uma vontade de vencer a qualquer preço a “petralhada”, como diz por aí um certo coro dos contentes. A mesma turma que diz que só quem vota no PT é burro e pobre. É sobre o que essa candidatura tucana aponta e sugere que eu gostaria de falar.

Por essa e por outras que entendo o que a vitória de José Serra representa, à despeito do que discordo no governo Lula, e à despeito também do que reconheço e muito no seu governo, percebo que na candidatura de Serra, além do baixo nível, que ela vem carregada de um ranço reacionário e preconceituoso que assusta, incomoda, e faz me faz torcer contra. Ranço reacionário presente na postura e nas falas desrespeitosas suas e de seus aliados contra Dilma como mulher, contra o PT, e na trajetória PSDB-DEM de tentar deslegitimar os movimentos sociais e qualquer organização popular que reinvidique seus direitos. É uma lógica bem classe-média reaça brasileira de chamar todo mundo de vagabundo. É isso que Serra representa, esse Brasil classe-média alta que acredita numa igualdade na desigualdade, que não acredita em inclusão, mas só em esmola, que não conhece a pobreza do país e as urgências dela.

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